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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Entrevista com Slayer











Bastou somente um minuto ouvindo esse álbum pra que toda minha desilusão em relação ao thrash produzido atualmente fosse prás picas. A intensidade e agressividade com que o Slayer toca não tem paralelos. Sabe aquele som que você ouve e te deixa com vontade de, sei lá, sair por aí, agitar, a adrenalina a mil... Com certeza a química produzida entre a banda e o mago freak Rick Rubin (que produziu, entre outros, o melhor álbum da banda, na minha opinião, "South Of Heaven") é a diferença. Hanneman praticamente compôs quase tudo, deixando algumas letras e riffs para King. Araya nunca cantou com tanta variação e expressão.

O que mais salta aos ouvidos é de como o baterista Paul Bostaph está arrasando e livre pra criar, mostrando-se, pela primeira vez, a altura do trabalho outrora desenvolvido por Dave Lombardo. "Bitter Peace" começa arregaçando e já vale o álbum inteiro. "Death's Head" tem aquele clima violento ao extremo. "Stain Of Mind" é puro metal, com um groove do cacete... Putz! E só estou na terceira faixa! E o álbum vai indo no talo, na maior, até o final. Porrada é isso... e a arte da capa é de arrepiar... literalmente...




Bom, Como vocês estão se sentindo na nova gravadora Sony Music?

Tom: Ótimo! Muito, muito bem. Eles estão mostrando muito trabalho neste pouco tempo em que estamos com eles. 


Quem teve a idéia do título "Diabolus In Musica"?

Tom: Oh, Yeah! Diabos na música... É em latim. É o nome de uma escala musical que era proibida. Muita gente fala que muito do que a gente produz gira em torno desta escala e nós sabemos disto, então decidimos que seria um bom título. 


E o que é estar 15 anos juntos?

Tom: É um longo tempo... (risos) É disso que as carreiras são feitas. 


Em que vocês se inspiram para escrever as músicas?

Tom: Yeah! Tem um monte de coisa que me inspira, e tenho certeza que rola o mesmo com o resto da banda. No meu caso, o corriqueiro, coisas do dia à dia, notícias de jornais, e coisas estúpidas que as pessoas fazem, o que me deixa puto, inspirando-me a criar. 


O que vocês acharam de tocar no Brasil?

Tom: Puta, faz um tempão...(risos) 

Kerry: Fuck! Eu me lembro do show, numa cidade que tinha uma porrada de gente. Claro que o país é grande, mas o lugar em que a gente tocou era imenso... Los Angeles é grande, porém é repartida em 20 cidades, mas aquelas cidades lá são enormes. 


E sobre o Dave Lombardo, vocês continuam em contato?

Kerry: Meu, eu não falava com ele há anos. Aí um ano e meio atrás, fui num show do Pantera. Tinha uma galera do caralho lá, e eu fui cruzar justamente com o cuzão do Dave. (risos) Até comecei a beber mais (risos)! Então ele se aproximou e me entregou um cartão de visitas dele onde dizia: "Dave Lombardo: Percussion" (risos).




Essa entrevista ocorreu em 15/09/1998

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